
Comprador compulsivo: tratamento
Já ouviu falar de oniomania? É o nome dado pela psicologia aos portadores de transtorno de compras compulsivas. E não se engane, ela não é inofensiva como pode parecer a princípio. O comprador compulsivo sofre por ser assim. Preocupa-se o tempo todo com a próxima aquisição e perde o controle uma vez que decide ir às compras, elevando os gastos cada vez mais. Tentativas frustradas de reverter o quadro levam frequentemente a depressão, quadros de culpa excessiva, e prejudicam o convívio social e familiar, quando o indivíduo passa a mentir para família e amigos sobre sua real situação financeira, geralmente caótica.
O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP estima que aproximadamente 5% da população brasileira apresenta esse comportamento, o que significa aproximadamente 10 milhões de pessoas. Não se sabe ao certo o que causa a doença, mas frequentemente seus portadores sofrem de desordens de ansiedade, muitas vezes graves como transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome de borderline.
Portanto, o portador desse transtorno deve buscar ajuda especializada para diagnóstico e tratamento das causas que o levam a comprar compulsivamente, pois só assim ele poderá retomar o controle sobre sua vida. Frequentemente os tratamentos mais utilizados são a combinação de medicamentos psicotrópicos (em geral antidepressivos) e terapia cognitivo-comportamental, que têm obtido mais sucesso no combate à doença.
O interessante da combinação é que ela abrange tanto o tratamento da ansiedade com a medicação quanto a modificação comportamental do paciente. Nesses casos, o tratamento medicamentoso é feito de forma a controlar a ansiedade do paciente que culmina no gasto excessivo. Caso haja o diagnóstico de algum transtorno de ansiedade, ele deverá ser tratado junto com as terapias voltadas às compras.
Entretanto, o indivíduo deve entender que só a medicação não funciona. Ele deverá reaprender a comprar e desenvolver novos hábitos saudáveis que lhe tragam satisfação. Um primeiro passo é fazê-lo reconhecer que é portador da doença. Muitos pacientes se escondem atrás de mentiras a si próprios e negam que realmente precisam de ajuda. A terapia, além de ajudá-lo com isso, também irá lhe orientar a se livrar dos cartões de crédito e talões de cheque, fontes fáceis de endividamento, bem como a passar a fazer compras com algum familiar ou amigo que o auxilie a distinguir uma compra por impulsão de uma por necessidade.
Com o tempo, o portador do transtorno passa a conseguir identificar os gatilhos que o levam a compras sem sentido, e, com isso, passa a controlá-los melhor. Além disso, conforme sua situação financeira vai se estabilizando, ele desenvolve sua autoestima e, aos poucos, aprende a diferenciar uma compra compulsiva de uma compra normal. O mais importante, entretanto, é o trabalho de ressignificação das compras: o paciente deve descobrir prazer em outras atividades, como exercícios ou atividades culturais. E deve entender que existem outras formas de se sentir amado, bonito e bem-sucedido que não seja através de produtos que trazem essas promessas.
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